Ana Baldaia, em Londres e Bárbara Baldaia, em Lisboa



Morto 1, morto 2


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É estranho saber das pessoas
a chuva cai e os nomes divulgam-se
morto 1, morto 2, morto 3
podia ter sido eu, tu, ele
querer motivos, razões
o metro fechado
os olhos pregados no vidro
do medo
e um sorriso nas estátuas inesquecível.
Sento-me no autocarro e observo...
O calor das mãos nas costas nuas
intriga-me como quem lembra.
É estranho saber como as vidas mudam
quando estamos distantes
e depois o tempo passa
e sabemos do filho que nasceu
do pai que morreu
do amigo que emigrou
da terra que é a nossa alma.
Estranho como os sonhos
Toda a vida intensificada
Estar em um lugar
e não em outro
ou estar estranhamente.
E ser para alem do tempo
do lugar.
New York, New York,
Delhi, Rio,
London, London.
Morto1,
morto 2
morto, vivo,
morto.

AB


1 Responses to “Morto 1, morto 2”

  1. Anonymous Anonymous 

    ke porcaria - arranja uma vida

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