Ana Baldaia, em Londres e Bárbara Baldaia, em Lisboa



Memories in the park


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nao ter medo para amar. nao ter medo para dizer que
aqui mesmo eu gostaria...
sim, gostaria ver esse teu sorriso abstracto
tornar-se fisico e invadir as minhas palavras
envelhecendo-as ate que se tornassem latim.
imperceptivel, irreconhecivel latim como quem deixa
cair pedrinhas, assim se tornariam as palavrinhas ao abandonarem meus labios que por desejo, agora se tornavam rubros.
E eu sentia um forte medo, sim. Eles corriam e nao
esperavam nunca por mim, eu corria torta, eu era
menina. Mas era certo que as meninas fossem mais
queridas. Que os seus olhos fossem meigos tao meigos
que se tornavam seios, e os meninos feios.
Para que lembrar?
Era um dia intacto. Sera que tu te recordas tudo o que
ficou por dizer? Nem sei se eu pudesse o que te
diria. As minhas lagrimas sao tantas que a dor
tornou-se tudo que de ti restou, os passos, repletos, a
tua mao docil na minha cabeca esquecida ingrata .
O cafe cheirava intenso, a mesa posta, a comida
esperando e num enorme silencio eu me sentava e tu ali
defronte e ele contigo, miseravel, miseravel eu me
abandonava docil e curiosamente, por ti, eu me
abandonara ha muito, e tu nao entenderias, nao
compreenderias que em teus passos nao havia nada senao
medo, e em teu coracao culpa, e ainda assim eu sofria.
Mas onde fora essa identidade tua/ onde estaria a
minha compreensao do teu pescoco?
qual estupido relacionamento!
Seras sempre maldita!
Maldita a fonte faminta que ha em mim, o tempo
interrupto que ha em ser. Malditas assinaturas.

AB LONDON TOWN


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