Ana Baldaia, em Londres e Bárbara Baldaia, em Lisboa



Da liberdade


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Passei muitos anos (e o que e isso muitos anos?) tentando compreender como balancar o meu ser; isto e, como encontrar um determinado equilibrio que jogando com os opostos criasse uma harmonia dentro de mim, capaz de permanecer constante e duradoura (pelo menos por uma hora!!!!). Essa harmonia chama-se tambem felicidade, uma alegria que muitas vezes sinto quando encontro esse equilibrio, essa serenidade. Nao e uma alegria assim tipo euforia, e uma alegria mais continua, de me saber viva, que nasce do completo prazer pelo momento. Uma paragem do tempo.
Por vezes penso que a memoria nao tem importancia e depois dizem-me que sem memoria eu nao sou nada; ou como Dilthey referiu 'a memoria atribui o significado'. Mas a memoria cria melancolia em relacao ao passado, pois tudo o que recordo, recordo, fortunadamente, com prazer. Habitualmente o que nao me agrada, esqueco. Esqueco mesmo. Com incrivel facilidade, julgo eu.
Mas ao longo desta pesquisa comum a maioria de nos Humanos, de sabermos quem somos, de onde vimos e como funcionamos- encontrei multiplas relacoes dentro de mim que ultrapassam a possivel crenca no equilibrio.
Por relacoes quero dizer a interaccao entre os diferentes elementos que me compoem (quer fisica,psiquica ou emocionalmente)- nao pode ser materializada num sistema, esquema, diagrama, imagem ou tao pouco texto. A essencia do ser reside na presenca.
Na influencia que criamos no espaco que ocupamos no momento.
Comecei a entender que o desequilibrio e mais importante do que o equilibrio, ele e movimento, e reaccao.
E o entendimento do mesmo essencial. E mais ainda, um e outro nao sao sequer nem somente opostos, mas entre eles existem outras relacoes e outras faces.
As palavras devem ser entendidas como formas e os textos prismas em quatro dimensoes.
Entre o desequilibrio e o equilibrio algo semelhante acontece. Em sintese tudo termina com a escolha consciente de um em relacao ao(s) outro(s). Porque a vida nao e bilateral, nem binaria, mas multiplural e diversa. Porque ha sempre mais opcoes.
Quando ha liberdade.
E essa sim, e sinal de felicidade.
Para mim, e para todos, julgo eu.

AB


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