Tal como se previa, Cavaco não abriu mão do poder de dissolução da Assembleia, ao contrário do que fez em 1995 ("Não dissolvo", disse na altura). Mas também não explicou o que mudou, para mudar de opinião. Saiu-se com uma frase bombástica:
“Espero bem não ter que usar esses poderes muito extraordinários”. No more for the moment. Está lançada a campanha, a esquerda vai exigir pormenores à volta desta posição. Quem é que disse que Sócrates se daria melhor com Cavaco do que com Soares? Afinal que estabilidade promete Cavaco? A que é que chama cooperação com o Governo? Como é que vai ajudar o país a sair da crise?
Acho que esta campanha promete, ainda para mais na época do bolo-rei.
(O silêncio gerido milimetricamente pelo candidato arrastou para o CCB dezenas de jornalistas, mãos cheias de câmaras de filmar, resmas de fotógrafos e deu direito a que uma motorizada da SIC acompanhasse em directo o percurso de Cavaco até Belém. Mérito de Cavaco (profissionalíssimo nestas coisas) ou alucinação (muito frequente) da comunicação social?)
0 Responses to “Espero bem que...”
Leave a Reply