Ana Baldaia, em Londres e Bárbara Baldaia, em Lisboa



O amor é o motor do mundo, Amélia


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No dia em que o Tribunal Constitucional chumba o referendo ao aborto, no dia em que Sócrates apelou à "paciência democrática" (politicamente bem, na realidade mau), a RTP passou O Crime do Padre Amaro, filme de Carlos Carrera, com o maravilhoso Gael Garcia Bernal, a partir da obra de Eça de Queiroz.
Sem mais pormenores, Amélia morre numa poça de sangue à custa de um aborto clandestino. Quando o filme saiu, a Igreja, mergulhada na sua hipocrisia mais recôndita, atirou-se ao ar. Amélia morre numa poça de sangue à custa de um aborto clandestino.
A direita mais ortodoxa, bafienta e salazarista continua com o mesmo discurso. Este não é - não pode ser - um assunto de esquerda ou de direita, partidário ou ideológico.
É um assunto de saúde pública, um problema grave que não pode ser tratado com uma venda nos olhos nem com falsos pudores idiossincráticos. Amélia morre numa poça de sangue à custa de um aborto clandestino.
Qual é a mulher que vai passar a fazer um aborto por ser legal? Qual é a mulher que deixou de fazer um aborto por ser ilegal? Amélia morre numa poça de sangue à custa de um aborto clandestino.

O amor é o motor do mundo, Amélia.


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